Sabe aquele medo excessivo e irracional de água, altura, água, lugares lotados ou fechados, insetos, etc.? esses medos exagerados e desproporcionais podem fazer o indivíduo adoecer em uma condição chamada de fobia, que caracteriza-se como um transtorno de ansiedade. Pessoas que sofrem com fobia, passam por situações altamente estressantes com uma série de respostas fisiológicas e emocionais quando expostas ao objeto/pessoa/lugar aversivo. Alguns estudos mostram que em torno de 13% a 20% da população possui alguns desses medos. Pensando nisso, alguns tratamentos atuais envolvendo tecnologia, como realidade virtual (RV) veem desenvolvendo estratégias de tratamento para essas pessoas.


De forma mais resumida, fobias se caracterizam como um medo excessivo que pode ser relacionado a várias coisas, as mais comuns incluem: insetos (insectofobia), medo de altura ou de voar (aerofobia), lugares lotados (agarofobia), lugares fechados (claustrofobia), falar em público (glossofobia), água (hidrofobia), etc. Esses medos, levam a uma série de reações fisiológicas e emocionais. Pois, o cérebro entende como uma situação de perigo eminente, o sistema nervoso simpático é ativado. Com isso, a pessoa sente um intenso desconforto, sentindo necessidade de fugir. Com isso, em próximas situações ela vai buscar evitar se expor a lugares/pessoas/situações que causem essas reações desagradáveis nela.

Os tratamento tradicionais para fobia são com a utilização de fármacos e psicoterapia. Falando em terapia, muitas pesquisas mostraram que a terapia de exposição é eficaz para reduzir os sintomas afetivos negativos. Esse tipo de terapia é uma técnica usada em terapia cognitivo-comportamental que consiste em expôr o paciente à situação aversiva (de forma sensibilizada), porém, sem a presença de perigo eminente, com a intenção de fazer a pessoa ir se acostumando com a situação, ou seja, dessensibilizando ela aquele perigo, até ser possível ela enfrentar a situação real. Inicialmente pode fazer isso apresentando fotos ao paciente, vídeos, cheiros, simulando situações com ele em consultório, e, posteriormente ir expondo-o à situação real. Esse tipo de terapia é muito utilizada em transtorno de estresse pós-traumático e fobias.

Pensando em ir além com essa técnica, alguns pesquisadores e psicólogos têm aplicado tratamentos envolvendo realidade virtual + terapia de exposição e verificado sua eficácia em pessoas com essas condições. A primeira utilização da tecnologia com esse objetivo foi em 1997 nos Estados unidos com 10 veteranos de guerra com transtorno de estresse pós traumático que não tiveram resultados com as terapias tradicionais.

E como isso funciona? Com o acompanhamento de um profissional, em um espaço seguro, controlado, sem riscos físicos, pacientes com essa condição pode se beneficiar de um tratamento que foi desenvolvido inicialmente para o entretenimento: a realidade virtual. A sensação é de estar em um jogo, mas, vai bem além do virtual. A pessoa é inserida em um ambiente virtual, onde vai sendo exposta (simulação de uma terapia de exposição) a situação que te causa aversão aos poucos, e dessa forma, vai narrando seus traumas/medos, e, ao enfrentar seus maiores medos no ambiente virtual, o paciente vai aprendendo a lidar com eles no mundo real. Esse tipo de estratégia veem demonstrando resultados satisfatórios na melhora dos pacientes. Porém, no Brasil, atualmente, poucos profissionais da saúde mental contam com a realidade virtual em seus tratamentos!!!


Além disso, uma grande novidade é que alguns estudos têm combinado o uso de terapia de exposição + realidade virtual + EEG. E como é isso? A medida que o paciente é exposto a situação utilizando realidade virtual sua atividade cerebral é captada por um EEG que através de um software pode mostrar ao paciente em tempo real (neurofeedbak) as alterações que acontecem quando ele experimenta situações de medo. Com isso, o próprio terapeuta pode ir treinando o paciente a controlar a atividade cerebral, ou, demonstrando as mudanças ao longo do tempo.

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Autor:

Livia Nascimento Rabelo

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