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Ao longo da história vemos o papel da mulher na sociedade se modificando. Por muitos anos as mulheres não apresentavam seus direitos civis básicos manifestados. Elas eram impedidas de votar, de andar sozinhas nas ruas e de frequentar escolas. Suas principais ocupações eram restritas ao casamento e ao lar. Dessa forma, percebemos que ao longo dos anos há uma desigualdade de gênero em termos ocupacionais. 

 

Apesar da intensa manifestação feminina pela igualdade de gênero ao longo de várias décadas, percebe-se uma mudança importante, mas ainda discreta quando notamos o poder, suas habilidades e suas capacidades. Temos poucas mulheres comandantes de aeronaves, poucas como chief executive officer (CEO), chief financial officer (CFO) e chief operations officer (COO). Mas porque temos poucas mulheres na liderança?

 

A verdade é que as mulheres não estão alcançando as posições de liderança em nenhum lugar do mundo. Atualmente, há 190 chefes de estado, mas apenas 9 são mulheres. As estatísticas revelam que apenas 15-16% das mulheres ocupam cargos de diretoria nas empresas corporativas. Esses números são os mesmos desde 2002. Muitas mulheres deixam seus trabalhos em função da vida pessoal e familiar. E outras tantas subestimam as suas habilidades. Um artigo publicado em 2018 pela Fundação Getúlio Vargas, mostrou que o Brasil ocupa a 85 posição na desigualdade de gênero, ficando atrás da Bolívia e Nicarágua.

 

A depreciação das próprias habilidades é um fator importante que contribui para a liderança feminina. As pesquisas mostram que as mulheres gastam em média 20,3 horas semanais na jornada doméstica, enquanto os homens gastam apenas 10 horas. Dessa maneira, é fundamental promover ações de representatividade e liderança feminina, principalmente, em ambientes empresariais. 

 

As mudanças são necessárias para que crianças e jovens meninas possam se sentir representadas em posições de poder e sucesso.

Referência:

 

HRYNIEWICZ, Lygia Gonçalves Costa; VIANNA, Maria Amorim. Mulheres em posição de liderança: obstáculos e expectativas de gênero em cargos gerenciais. Cadernos EBAPE. BR, v. 16, n. 3, p. 331-344, 2018.

 

KANAN, Lilia Aparecida. Poder e liderança de mulheres nas organizações de trabalho. Organizações & Sociedade, v. 17, n. 53, p. 243-257, 2010.

 

 

SANDBERG, Sheryl. Faça acontecer: mulheres, trabalho e a vontade de liderar. Editora Companhia das Letras, 2013.

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Autor:

Tamara Nunes