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 Tal Ben-Shahar, conhecido por dar as aulas mais concorridas da Universidade Harvard disse: "a primeira lição que dou na minha aula é que nós precisamos nos conceder a permissão de sermos seres humanos." Ele conseguiu resumir todos os percursos atrelados à felicidade. Afinal, não somos ensinados a viver como seres humanos, com inúmeras potencialidades e falhas. Aprendemos desde a infância a reproduzir algum modelo e quando não alcançamos, somos punidos pelas consequências. Assim desenvolvemos apenas culpa e vitimização, que podem se transformar em diversas patologias e deixamos de lado tudo àquilo que representa nossas potencialidades.

      É importante reconhecer nossas características por completo, vivenciando emoções dolorosas, como raiva, tristeza e decepção, sem ignorar e aceitando que fazem parte daquilo que somos (seres humanos). Há grande dificuldade em aceitar que todo mundo sente essas emoções às vezes e é natural. Entretanto, não aceitar isso leva à frustração e à infelicidade.

      A teoria da autodeterminação (SDT) vem estudando a maneira como o indivíduo interage e depende do ambiente social, definindo vários tipos de motivação intrínsecas e extrínsecas. Descreve como essas motivações influenciam as respostas situacionais em diferentes domínios, bem como o desenvolvimento social e cognitivo dos seres humanos e está centrada nas necessidades psicológicas básicas de autonomia, competência e relacionamento, seu papel necessário na motivação, no bem-estar e no crescimento autodeterminados.

      A descrição das necessidades psicológicas básicas de autonomia, competência e relacionamento pode exercer grande influência sobre as escolhas que fazemos para o futuro, deixando de lado características indolentes e assumindo características dinâmicas e intencionais como agente causal da própria vida.

      Consentir características ativas requer a delicadeza de olhar para dentro de si, sem nenhum tipo de julgamento, integrando elementos psíquicos, de forma a surgir um senso de eu (self). Quando passamos a olhar para dentro de nos mesmos, é possível reconhecer que há falhas e acertos.

      Muita gente por exemplo, não sabe o que pretende da vida, simplesmente porque nunca pensou sobre o assunto. Não estou falando sobre a escolha da profissão, escolha de uma pessoa para se relacionar, mas sobre como integramos essa realidade, sem abrir mão daquilo que somos. Geralmente damos tanto foco ao trabalho, que ele acaba sendo mais importante do que a natureza dele (o próprio trabalho). Eu falo sobre aprender a encarar a realidade!

      O que realmente interfere na felicidade é a integração da pessoa (self) ao ambiente social, de maneira coerente com os valores culturais em que ela se insere, como também o tempo que passamos com pessoas que são importantes para nós (como amigos e familiares) — mas só se você estiver por inteiro.

       Mas então, a felicidade tem um modelo a ser alcançado?

      NÃO! A felicidade é desenvolvida diariamente através da aceitação de competências, parando de enxergar só o que vai mal e ver o que dá certo — mesmo nas crises. A proposta é observar o quadro completo da realidade e elaborar continuamente formas de regular os próprios interesses.
Referências:

https://link.springer.com/referenceworkentry/10.1007%2F978-3-319-28099-8_1162-1

http://pepsic.bvsalud.org/pdf/per/v16n2/v16n2a08.pdf

https://link.springer.com/chapter/10.1007/978-94-024-1042-6_4

 

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Autor:

Mab Abreu

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