A construção do processo de fake news tem sido estruturada através da valorização do ódio, utilizando recursos de escassez (técnicas de inteligência emocional). Mas o que isso quer dizer
??
 
Ao contrário do que muitos pensam, fake news geralmente são verdades contadas de outras maneiras, deixando a interpretação sobre aquele assunto confusa ou altamente questionada, criando pseudo verdades. O que acontece com o conteúdo dessas “verdades” é que elas começam a ser ditas de diversas formas, para que o nosso cérebro gere um padrão de aceitação daquelas informações contadas diversas vezes, compreendendo-a como possível verdade. Nesse contexto ocorre a naturalização das pseudo verdades, gerando aprisionamento das mentes através das informações digitais.
 
Criadores de fake news possuem grande inteligência e potencial criativo, pois eles conseguem pensar fora da caixinha. Exatamente isso! 
Eles enxergam os pontos falhos de um grupo de pessoas e começam a programar informações (previamente selecionadas, como as hastags) para esses grupos, causando assim o extremismo das informações que incitam emoções de ódio. 
Além disso, podemos pensar em como nosso sistema é falho, a ponto de abrir brechas para que pequenos grupos de pessoas comandem grandes nações.
 
Isso é reflexo de uma grande brincadeira que acontece com o sistema e principalmente sobre falhas no sistema educacional. O excesso de informações sem credibilidade e com fundamento exclusivo de visibilidade, onde o objetivo de ser visto é muito maior do que o conteúdo exposto. Nesse momento surge o choque sobre o sistema educacional e as desinformações ficam em evidência. 
 
Na escola não somos ensinados a ser criativos, a questionar o professor ou a pensar diferente dos colegas, comportamentos que facilitam a criação de estratégias num momento atípico para o mercado de trabalho. Somos apenas obrigadxs a reproduzir. A não chorar e a aceitar o que é dito pelos professores. Se não obedecemos, somos sancionados de alguma maneira e aí se dá a construção no controle no medo. 
 
E o pensamento
E as emoções
Deixa tudo de lado e obedece quem está acima de você. 
Se há uma educação falha, onde as pessoas acreditam naquilo que convém e elas foram desenvolvidas na base do medo, não é tão difícil pensar que é exatamente por meio dessas brechas onde as mentes manipuladoras se aproveitam para disseminar e fortalecer as pseudo verdades e o discurso de ódio!
 
Tudo através das informações que conduzem à desinformação.                              

Sabe porque as empresas estão em crise econômica nesse momento de isolamento? Porque elas se desenvolveram através da previsibilidade, sem implementar características adversas ou prever possibilidades. Não surgiram através da resolução de problemas ou muito menos com o pensamento em um futuro inovador. Sabe o que acontece?? Não conseguem se moldar à realidade e “dançar de acordo com a música”. Perecem e entram em estado de falência. Mais uma vez a educação faz total diferença em nível individual e coletivo, por isso o sistema tradicional de ensino não dialoga com a era da tecnologia.


Como se não fosse suficiente a necessidade de transformarmos a educação do país, onde falta a criatividade e a coragem de inovação, agora temos um outro grande problema consequente da educação para lidar: as pseudo verdades ou fake news,  compartilhadas e acreditadas por muitos. 
 
Agora retornamos ao começo e parecemos entrar em um flow de ódio, que segrega grupos e causa grandes conflitos sociais. 
 
Considerando que quem cria o estado é o povo, se o povo entrar contra ele mesmo, a nação deixa de existir e o colapso fica instaurado. Numa brincadeira de pseudo verdades e discurso de ódio, toda a construção de uma nação se esvai, como num passe de mágicas.
 
Esse olhar da nação foi uma análise macro, mas que refle completamente no micro, pois individualmente é como se estivessemos a todo momento utilizando apenas uma parte do nosso cérebro, diante de tantas e milhares possibilidades de neuroplasticidade. Ocorre que a região da amígdala no cérebro se mantém hiperativada, podendo causar danos neurais e comportamentais a curto e longo prazo. 
 
É triste imaginar que estamos deixando de utilizar diversas capacidades do cérebro, de gerar neuroplasticidade e nos limitando à manipulação emocional (límbica),  nos tornando menos capazes a nível evolutivo. 
 
Costumo dizer que viramos marionetes digitais
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Autor:

Mab Abreu

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