Sorria para Vida de Representações
Sorria para Vida de Representações
Sorrir nos possibilita ver o novo que nos rodeia e nos permeia.
O sorriso e a sensação de harmonia com o espaço ao redor podem ser chaves poderosas para escapar do ciclo de pensamentos absolutistas e defensivos, restaurando um estado de equilíbrio entre corpo, mente e ambiente.
Os conectomas cerebrais agrupados em Papel Pedra e Tesoura:
A transição do conectoma pedra para o conectoma papel representa um retorno ao estado de Pura Mente, onde a experiência direta e sensorial toma o lugar das respostas automáticas.
Basta buscar a sensação de alegria e então sorrir.
Recordando:
Sentir: Simples, direto, presente (calor, dor).
Emoções: Resposta breve e automática (alegria, medo).
Sensação: Percepção consciente do corpo e das emoções ("estou tenso, ansioso").
Sentimentos: Construção complexa que envolve narrativa e cultura ("sinto orgulho, sinto vergonha").
Sorria para Vida de Representações
O sorriso é um ato simples que pode ressignificar esses processos. Ele interrompe emoções automáticas de defesa, permitindo perceber melhor o "sentir" puro e resgatar a harmonia corporal, evitando que o "eu cultural" tome controle automático sobre as reações
O pertencimento é um sentido primordial essencial para a sobrevivência e evolução do ser humano. Ele nasce da experiência de ser e sentir-se parte de um todo, desde a fase embrionária até a consciência plena da vida adulta. Contudo, em um mundo mediado por telas, redes sociais e ideologias televisivas, esse pertencimento pode ser manipulado por representações simbólicas que desconectam a percepção de realidade das evidências científicas, formando crenças e memórias distorcidas que moldam emoções e comportamentos de forma artificial.
Representações e a Formação Cerebral: Como se Moldam Conceitos sem Evidência
O cérebro humano é moldado pelo fluxo contínuo de informações recebidas e processadas pelo corpo-território. As representações – imagens, narrativas e símbolos – desempenham um papel fundamental na formação de conceitos e memórias. No entanto, quando essas representações são construídas sem base científica, elas podem gerar ideologias e crenças que distorcem a compreensão da realidade.
As diferentes tradições religiosas constroem e modulam o "eu" cultural por meio de mecanismos de adição ou subtração de representações simbólicas e emocionais.
1. Protestantismo Original e a Racionalidade: "Ciência com Evidência"
A busca pela verdade referenciada na Bíblia pode ser comparada ao método científico, onde as escrituras funcionam como um ponto fixo de validação. O "eu" se forma em torno da compreensão racional e individual da palavra divina, reforçado por sentimentos como responsabilidade moral e orgulho do "entendimento correto".
Emoções de segunda ordem: vergonha por erros e culpa pelos pecados.
Emoções de primeira ordem: o prazer na comunhão, a dor na desconexão com a "graça".
2. Neopentecostalismo: Eu por Subtração e Expulsão
Aqui, o "eu" se forma pela constante purificação. A representação de "quem sou" passa pela retirada de "forças externas" (demônios, tentações) que ameaçam um "eu divino e puro".
Emoções de segunda ordem: culpa por fraquezas e orgulho pela vitória contra o mal.
Emoções de primeira ordem: alívio, êxtase na sensação de libertação e medo do "retorno" do mal.
3. Religiões Afro-brasileiras: Eu por Adição
O "eu" se enriquece ao incorporar arquétipos e divindades. Ao invés de eliminar forças externas, integrá-as, criando uma identidade multifacetada e fluida.
Emoções de segunda ordem: pertencimento e reverência.
Emoções de primeira ordem: confiança ao sentir-se protegido e pavor diante da desarmonia espiritual.
4. A "Mente Original" segundo Damásio vs. O Eu Cultural
A Mente Original ou Pura Mente Damasiana é aquela que percebe sem ser "colorida" por crenças e estímulos culturais, experienciando apenas a interocepção e a propriocepção direta.
O "eu cultural" é uma narrativa repetida, mantida viva pela ativação contínua de sentimentos e emoções de segunda ordem que moldam as reações de primeira ordem. Quando constantemente reforçado, esse "eu" desvia a mente original de seu estado puro de percepção para uma reação programada.
5. Impacto dos Estímulos na "Refémização" da Mente
A Mente se torna refém dos estímulos que reforçam o "eu cultural". Isso gera ciclos emocionais: orgulho pela conformidade ao grupo religioso, culpa ou vergonha pela não adequação. É um ciclo de recompensa e punição que molda as sinapses e padrões emocionais, levando a uma alteração quase irreversível da percepção da própria identidade.
A Redescoberta da Pura Mente
Um caminho de retorno à Mente Original seria perceber o "eu cultural" como uma construção transitória e, através de fruição e metacognição, retornar ao sentir primordial. Esse retorno poderia liberar o indivíduo de emoções culturalmente induzidas, permitindo viver o presente como um fluxo integrado à vida, sem a constante necessidade de validação externa.
Mecanismos de Formação de Conceitos pelas Representações:
1. Neuroplasticidade e reforço de padrões:
As representações repetitivas moldam redes neurais, tornando determinados conceitos mais acessíveis ao pensamento. Quanto mais se reforça uma narrativa, mais difícil é para o cérebro reorganizar seus circuitos com base em evidências contrárias.
2. Imagens de alta carga emocional:
Representações visuais e narrativas que exploram o medo, a culpa ou o desejo hiperativam a amígdala cerebral, área responsável por respostas emocionais intensas. Isso cria "atalhos emocionais" que dificultam o raciocínio crítico e favorecem a adesão automática a ideologias desconectadas da ciência.
3. Sobrecarga informacional e simplificações falaciosas:
Representações reducionistas ou distorcidas simplificam fenômenos complexos, levando o público a acreditar em explicações que "parecem verdadeiras", mas não possuem embasamento científico.
Exemplos de Formação Desconectada da Ciência com Evidência
Teorias da conspiração: Vídeos e postagens que misturam informações reais e falsas para induzir medo e desconfiança criam um ambiente de descrédito nas fontes confiáveis. O cérebro registra essas narrativas com mais intensidade do que dados neutros, pois a emoção amplifica a memória.
Estética da "vida perfeita": Imagens de corpos idealizados e rotinas "inspiradoras" formam conceitos irreais de sucesso e saúde, desconectando as pessoas de evidências científicas sobre biotipos, saúde mental e bem-estar.
Narrativas de heróis e vilões: Histórias que polarizam grupos sociais em "bons" e "maus" ativam uma percepção binária e superficial da realidade, dificultando análises críticas e promovendo reações emocionais automáticas.
Eu Cultural
O Sequestro do Pertencimento como Ferramenta de Manipulação
A manipulação do pertencimento acontece quando sentimentos como medo, raiva, culpa ou desejo são explorados para moldar o senso de identidade do indivíduo. Redes sociais e mídias utilizam estratégias para “substituir” o pertencimento autêntico (baseado na própria experiência) por um pertencimento artificial que depende de interações digitais, reações e engajamentos.
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