Beatriz Carvalho Frota
3160 Views

Mindfulness como regulador de emoções

A meditação da atenção plena (Mindfulness) tem sua origem na tradição da psicologia budista e sua prática tem se tornado bastante popular, aumentando cada vez mais o número de adeptos dessa prática. Neste blog vamos abordar sobre as evidências científicas de seus efeitos benéficos.



Um estudo de Guendelman, Medeiros e Rampes (2017) mostra um pouco sobre os marcadores neurobiológicos e psicológicos  das intervenções baseadas em mindfulness (MBIs). Sua pesquisa demonstrou sua eficácia em várias condições psicológicas caracterizadas por desregulação emocional. 


Dos marcadores psicológicos teríamos uma série de modelos que explicam a correlação entre mindfulness e mecanismos psicológicos. No artigo eles trazem  que a prática do Mindfulness leva a mudanças no autoprocessamento, por meio do desenvolvimento da autoconsciência (metaconsciência), autorregulação (modulação do comportamento) e autotranscendência (características pró-sociais). Essas mudanças refletem a modulação nas redes neurocognitivas relacionadas à intenção e motivação, regulação da atenção e emoção, extinção e reconsolidação, prosocialidade, desapego e descentralização.


Dentre os vários estudos investigam o efeito dos MBIs e da prática de meditação mindfulness de longo prazo usando imagens estruturais do cérebro, como técnicas de ressonância magnética (MRI) baseadas em morfometria. Estudos demonstraram mudanças estruturais no: hipocampo; ínsula anterior direita; córtex orbitofrontal; córtex cingulado anterior; pólo temporal esquerdo; giro frontal esquerdo; sulco frontal direito; corpo caloso e regiões do tronco cerebral - regiões envolvidas com a circuitaria de emoção.


Com base nesses marcadores, eles evidenciam mudanças funcionais e estruturais em várias regiões cerebrais envolvidas principalmente nos sistemas de atenção, regulação emocional e processamento autorreferencial. A partir disso, afirma-se que o Mindfulness elicia uma estratégia de “regulação de emoções conscientes”.


Referências Bibliográficas


GUENDELMAN, Simón; MEDEIROS, Sebastián; RAMPES, Hagen. Mindfulness and emotion regulation: Insights from neurobiological, psychological, and clinical studies. Frontiers in psychology, p. 220, 2017.


VAGO, David R.; DAVID, Silbersweig AMD. Self-awareness, self-regulation, and self-transcendence (S-ART): a framework for understanding the neurobiological mechanisms of mindfulness. Frontiers in human neuroscience, v. 6, p. 296, 2012.

#eegmicrostates #neurogliainteractions #eegmicrostates #eegnirsapplications #physiologyandbehavior #neurophilosophy #translationalneuroscience #bienestarwellnessbemestar #neuropolitics #sentienceconsciousness #metacognitionmindsetpremeditation #culturalneuroscience #agingmaturityinnocence #affectivecomputing #languageprocessing #humanking #fruición #wellbeing #neurophilosophy #neurorights #neuropolitics #neuroeconomics #neuromarketing #translationalneuroscience #religare #physiologyandbehavior #skill-implicit-learning #semiotics #encodingofwords #metacognitionmindsetpremeditation #affectivecomputing #meaning #semioticsofaction #mineraçãodedados #soberanianational #mercenáriosdamonetização
Author image

Jackson Cionek

New perspectives in translational control: from neurodegenerative diseases to glioblastoma | Brain States