Games e Fake News gerando Comportamentos de Ódio
Games e Fake News gerando Comportamentos de Ódio

Games Fake News and Hateful Behavior
Enquanto o GamerGate era, para alguns, uma questão de ética no jornalismo de videogames, para muitos outros, tornou-se um exemplo de assédio online e misoginia.
A relação entre o perfil "antisocial", o isolamento na vida real e a intensidade do comportamento de ódio nas redes sociais é complexa e multifacetada.
Isolamento e Comportamento Antissocial:
A internet, incluindo as redes sociais e os fóruns, oferece um espaço onde indivíduos isolados ou com tendências antisociais podem se conectar com outros que compartilham de opiniões ou sentimentos similares.
Em certos casos, o isolamento na vida real pode intensificar o uso da internet como principal meio de interação, o que, por sua vez, pode exacerbá-lo, criando um ciclo.
Anonimato e Desinibição Online:
O anonimato na web pode reduzir as inibições e fazer com que as pessoas expressem opiniões ou realizem ações que não fariam face a face.
Isso pode resultar em comportamentos mais extremos, incluindo assédio, ameaças e outros comportamentos de ódio.
Ecos e Câmaras de Ressonância:
A internet permite a formação de comunidades extremamente especializadas. Indivíduos com visões ou sentimentos extremos podem encontrar e se agrupar com outros que pensam da mesma forma, reforçando suas crenças e comportamentos.
Esse fenômeno pode amplificar vozes extremas e torná-las parecer mais representativas do que realmente são.
GamerGate e Comportamento de Ódio:
Durante o auge do GamerGate, muitas mulheres na indústria dos videogames e no jornalismo enfrentaram assédio significativo, ameaças e comportamentos de ódio online.
Muitos participantes do GamerGate sentiram que estavam defendendo a cultura dos videogames contra influências externas e viam críticas ou mudanças na indústria como ataques pessoais, o que pode ter alimentado o fervor e a intensidade das respostas.
No entanto, é vital não generalizar ou estigmatizar toda a comunidade gamer com base nos comportamentos extremos de uma minoria. A grande maioria dos jogadores não se envolve em comportamentos de ódio ou assédio.
É essencial entender as complexidades e nuances das interações online e reconhecer que a internet amplifica vozes extremas, mas não necessariamente representa a opinião ou comportamento da maioria.
É importante esclarecer que jogar videogames não causa autismo. O autismo é um distúrbio do desenvolvimento neural que geralmente se manifesta nos primeiros anos de vida e é influenciado por uma combinação complexa de fatores genéticos e ambientais. No entanto, o uso excessivo de videogames (ou qualquer outra atividade isolada) pode levar a comportamentos que podem parecer semelhantes a alguns sintomas de transtornos, mas isso não significa que a pessoa desenvolveu ou tem o transtorno em si.
Quanto ao uso intenso de videogames:
Comportamentos semelhantes ao autismo: Crianças que passam a maior parte do tempo jogando videogames podem apresentar redução nas habilidades sociais, o que pode ser erroneamente percebido como um sintoma do espectro autista. No entanto, essa diminuição nas habilidades sociais é mais uma consequência do isolamento social do que do jogo em si. É essencial diferenciar entre um declínio nas habilidades sociais devido ao isolamento e os sintomas reais do autismo.
Burnout: Burnout refere-se à exaustão mental, física e emocional causada pelo envolvimento prolongado em situações estressantes. Enquanto geralmente associado ao trabalho, pode teoricamente ocorrer em qualquer situação, incluindo jogos intensos.
Exaustão física e mental: Jogar por períodos prolongados sem pausas adequadas pode levar à fadiga.
Distância emocional: Uma criança pode se tornar menos responsiva ou desinteressada em outras atividades e mostrar sinais de desapego emocional.
Redução no desempenho no jogo: Assim como em ambientes de trabalho, as pessoas podem experimentar uma diminuição na eficácia ou desempenho após períodos prolongados de jogo.
Para evitar esses problemas potenciais, é fundamental que os pais e cuidadores monitorizem o tempo de tela das crianças, incentivem pausas regulares e promovam um equilíbrio entre o tempo de jogo e outras atividades, como brincadeiras ao ar livre, leitura e interação social.
Se houver preocupações sobre o desenvolvimento ou comportamento de uma criança, é essencial procurar aconselhamento de profissionais de saúde ou psicólogos para uma avaliação adequada.
A relação entre o uso intenso de games e a libido é complexa e pode ser influenciada por vários fatores. Algumas considerações incluem:
Deslocamento de Tempo e Energia: Jogar games por períodos prolongados pode resultar em fadiga física e mental, o que poderia reduzir temporariamente o interesse sexual. Se um indivíduo estiver gastando a maior parte do seu tempo livre jogando e negligenciando outras atividades físicas ou sociais, isso pode ter um efeito sobre a libido.
Escape da Realidade: Para alguns, os games podem servir como uma forma de escapismo. Se um indivíduo estiver usando games para evitar lidar com questões emocionais ou relacionais, isso pode afetar sua saúde mental e, por sua vez, sua libido.
Efeitos Neuroquímicos: Games muitas vezes são projetados para serem recompensadores e podem liberar dopamina no cérebro, um neurotransmissor associado ao prazer e recompensa. Se um indivíduo estiver recebendo uma grande quantidade de dopamina através dos games, isso pode, teoricamente, afetar sua motivação para buscar outros tipos de recompensas, incluindo aquelas de natureza sexual.
Estilo de Vida Sedentário: Um estilo de vida sedentário, muitas vezes associado ao uso excessivo de games, pode levar a problemas de saúde, como obesidade, problemas cardiovasculares e depressão. Todos esses problemas de saúde podem, por sua vez, afetar a libido.
Saúde Mental: Como mencionado anteriormente, se alguém estiver usando games como uma forma de lidar com questões emocionais ou psicológicas não resolvidas, isso pode ter implicações para a saúde mental, que está intrinsecamente ligada à libido.
No entanto, é essencial não generalizar. Nem todos os jogadores experimentam uma diminuição da libido e, para alguns, jogar games pode ser apenas uma atividade recreativa que não interfere em sua vida sexual ou relacionamentos. Sempre é aconselhável que indivíduos que sentem que sua libido foi afetada por qualquer comportamento ou atividade procurem a orientação de um profissional de saúde ou terapeuta.