Jackson Cionek
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Consciência como Viés ou Espírito Enganador "Trickster"

Consciência como Viés ou Espírito Enganador "Trickster" 

A Sua Conciência é Viés de sua Percepção

"Trickster" (espírito enganador) - Consciência do Viés:

Conscience as Bias or Trickster - Deceptive Spirit
Conscience as Bias or Trickster - Deceptive Spirit

O "Trickster", ou espírito enganador, é uma figura arquetípica encontrada em muitas culturas ao redor do mundo, mas é particularmente proeminente em muitas tradições indígenas das Américas. Esta figura é conhecida por sua astúcia, habilidade de enganar, e frequentemente por perturbar a ordem estabelecida ou desafiar convenções. No entanto, o papel do Trickster não é apenas de enganação; muitas vezes, ele também traz ensinamentos valiosos ou instiga mudanças necessárias através de suas ações.

Características e Papéis do Trickster:

Dualidade: O Trickster muitas vezes incorpora dualidades. Ele pode ser criador e destruidor, tolo e sábio, herói e vilão. Esta natureza ambígua é central para muitas das histórias em que ele aparece.


Agente de Mudança: Apesar de suas travessuras, ou muitas vezes por causa delas, o Trickster muitas vezes traz mudanças ou revelações valiosas para a comunidade ou para outros personagens na história.

Desafiador de Regras: O Trickster frequentemente desafia as normas sociais ou cósmicas, questionando e perturbando a ordem estabelecida.

Transformação: Muitos Tricksters têm a habilidade de mudar de forma, adotando diferentes identidades ou aparências.

Exemplos de Tricksters em Culturas Indígenas das Américas:

Coyote: Entre as tribos indígenas do sudoeste dos EUA, o Coyote é frequentemente retratado como um Trickster. Ele é astuto e muitas vezes se mete em apuros por sua curiosidade ou ganância, mas suas aventuras também trazem lições valiosas.

Raven (Corvo): Em muitas culturas indígenas da costa noroeste do Pacífico, o Raven é uma figura central. Ele é conhecido por sua inteligência, astúcia, e por ser um agente de mudança, muitas vezes roubando ou enganando para trazer benefícios ou conhecimento para o mundo.

Nanabozho ou Manabozho: Nas tradições dos povos Ojibwe e outras tribos dos Grandes Lagos, Nanabozho é uma figura Trickster, muitas vezes associada à criação e à transmissão de conhecimentos e cultura.

Iktomi: Entre os povos Lakota e outras tribos das planícies, Iktomi, a aranha, é uma figura Trickster conhecida por suas intrigas e trapaças, mas também por seu papel em ensinar lições valiosas

Ekeko (Andes):Nas tradições andinas, principalmente entre os Aymara da Bolívia, o Ekeko é uma divindade da abundância e prosperidade. Ele é frequentemente retratado como um homem carregado de bens. Embora não seja exatamente um "Trickster" no sentido clássico, ele tem seus caprichos e precisa ser apaziguado corretamente para garantir a benevolência.

Saci-pererê (Brasil):Talvez uma das mais famosas figuras trickster da América Latina, o Saci-pererê é um menino negro com uma perna só que usa um gorro vermelho e está sempre com um cachimbo. Ele é conhecido por suas travessuras, como assustar animais, criar redemoinhos e esconder objetos.

Curupira (Brasil):Outra figura mítica brasileira, o Curupira é retratado como um menino ou anão com cabelos flamejantes e pés virados para trás. Ele é o protetor das florestas e animais e castiga aqueles que caçam em excesso ou destroem a natureza. Suas pegadas, devido aos pés invertidos, são usadas para enganar os caçadores e fazê-los se perder na floresta.

Tio de la Mina (Bolívia):Em muitas minas da Bolívia, o "Tio" é visto como o senhor do subsolo, uma entidade que pode causar acidentes ou garantir a abundância de minerais. Ele tem aspectos trickster devido à sua natureza ambígua e imprevisível.

Maximón (Guatemala):Também conhecido como San Simón, Maximón é uma figura que combina elementos indígenas e católicos. Ele é retratado como um santo para alguns, enquanto outros o veem como uma entidade mais maliciosa ou travessa. Ele é conhecido por aceitar oferendas de álcool e cigarros e pode conceder favores ou causar problemas.

La Llorona (vários países):Embora não seja exatamente um trickster, La Llorona é uma figura mítica encontrada em várias tradições da América Latina. Ela é o espírito de uma mulher que chora por seus filhos e é conhecida por atrair crianças ou viajantes para rios e lagos.

Estas são apenas algumas das inúmeras figuras trickster e entidades ambíguas encontradas nas tradições indígenas e populares do continente americano. Cada uma reflete os valores, preocupações e realidades da cultura da qual emergem, servindo como meio de transmitir lições, valores ou simplesmente entreter.

Embora o Trickster possa inicialmente parecer uma figura de pura travessura ou caos, sua presença em tantas tradições indica um papel cultural mais profundo. O Trickster serve como um espelho, refletindo as complexidades da condição humana, desafiando as normas e, muitas vezes, instigando mudanças ou crescimento. Através de suas ações, a sociedade é muitas vezes forçada a refletir, adaptar-se e aprender. Em muitos aspectos, o Trickster é uma personificação da imprevisibilidade e complexidade da vida.

Alguns Vieses na Visão de Daniel Kahneman:

Viés de Confirmação: A tendência de procurar e interpretar informações de uma maneira que confirme nossas crenças preexistentes, ignorando as evidências contrárias.

Heurística da Representatividade: A tendência de julgar a probabilidade de um evento com base em sua semelhança com um protótipo, muitas vezes ignorando as estatísticas básicas.

Heurística da Disponibilidade: A tendência de superestimar a probabilidade de eventos baseada em quão facilmente podemos lembrar de exemplos de tais eventos.

Ancoragem: A tendência de ser influenciado por uma primeira peça de informação (a "âncora") ao fazer julgamentos subseqüentes.

Efeito Halo: A tendência de deixar a nossa impressão geral de uma pessoa influenciar nossos julgamentos sobre suas características específicas.

Viés de Excesso de Confiança: A tendência de superestimar a precisão de nossas crenças e previsões.

Viés do Custo Irrecuperável: A tendência de continuar investindo em uma decisão baseada no investimento já feito (tempo, dinheiro, esforço), em vez de avaliar o valor atual da decisão.


Alguns Vieses na Visão de Anil Seth:

1. Construcionismo Predictivo:

Viés de Confirmação Predictiva: Anil Seth enfatiza que o cérebro está constantemente fazendo previsões sobre o mundo com base em experiências passadas, e tende a perceber informações que confirmam essas previsões.

Viés de Regularidade Estatística: Nosso cérebro tende a se ajustar e se adaptar às regularidades estatísticas do ambiente, às vezes levando a percepções distorcidas.


2. Percepção Controlada pela Ação:

Viés de Controle e Ação: Anil Seth propõe que nossa percepção é muitas vezes direcionada e influenciada por nossas intenções e ações, em um processo de "percepção controlada pela ação".


3. Experiência Subjetiva:

Viés de Auto-referência: Seth sugere que a experiência subjetiva de um indivíduo é central para a forma como percebemos e interagimos com o mundo, implicando que diferentes estados de consciência podem alterar significativamente nossa percepção da realidade.

Viés de Continuidade da Experiência: Seth também discute como nosso cérebro busca manter uma sensação de continuidade em nossa experiência, mesmo frente a estímulos inconsistentes ou contraditórios.

4. Natureza Alucinatória da Percepção:

Viés de Alucinação Controlada: Em seu trabalho, Seth propõe que a percepção é essencialmente uma forma de "alucinação controlada", onde o cérebro está constantemente gerando hipóteses sobre a natureza da realidade, que são então moduladas ou controladas por entrada sensorial.

5. Integração de Diferentes Domínios Sensoriais:

Viés de Integração Multissensorial: Seth ressalta que a percepção é frequentemente o resultado da integração de informações de diferentes domínios sensoriais, e que o cérebro está constantemente trabalhando para integrar essas informações de uma maneira coerente e consistente.

6. Importância da Interconectividade:

Viés de Redes Complexas: Seth argumenta que a compreensão da consciência e da percepção requer uma consideração da interconectividade complexa dos diferentes componentes e redes do cérebro.

 

Na nossa visão a Consciência é um grande Viés da Percepção.

Como Consciência, no meu entendimento, é uma referência atencional em grupos de imagens (como nossas cosmologias, Cultura, expertises, crenças, hábitos, afazeres, etc..), minha proposta é nos referenciar em uma cosmologia neutra DANA - Divindade que é e controla o desdobrar do DNA.

Ao trocar de Cosmologia teremos uma consciência provisória onde com Metacognição poderemos questionar detalhes que seriam os pontos cegos em se estando em outras cosmologias.

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Jackson Cionek

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